Chuva de pão
A profecia que quero estudar hoje com você foi feita pelo próprio
Deus a Moisés, aproximadamente no ano de 1491 AC. Está em Êxodo 16:4 e
7: “Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos
céus… E amanhã vereis a glória do Senhor…”
O povo de Israel
estava marchando para a terra prometida. A viagem, porém, começou a
demorar um pouco mais que o previsto e, por causa disso, vieram as
reclamações: “Toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra
Moisés e contra Arão no deserto” (Êxodo 16:2).
Após passar o Mar Vermelho a multidão foi guiada pela nuvem que os
protegia do sol durante o dia e iluminava e aquecia durante a noite. Ao
seguirem pelo deserto a paisagem não era animadora. O suprimento de água
foi acabando e a impaciência tomando conta de todos. Finalmente
avistaram água. Só que as águas eram amargas. Não dava para beber. A
confusão aumenta, reclamam de Moisés e este, diz Êxodo 15:25, “clamou ao
Senhor”.
De lá prá cá as coisas não mudaram muito. Hoje também é
mais fácil criticar do que clamar ao Senhor. É mais fácil acusar do que
ajudar. Condenar do que perdoar. O relato bíblico conta, porém, que
pela ordem de Deus as águas de Mara tornaram-se potáveis e o povo pode
saciar a sede.
Amigo ouvinte, se sua vida perdeu o encanto e o
sabor, não tem mais prazer no trabalho, pela família ou com a igreja, só
tem Um que pode transformar o que é amargo em doce. É Deus. Só Ele pode
fazer você enxergar a beleza da vida e aproveitá-la bem. Ele pode
resolver as encrencas de sua família, reavivar seu casamento e trazer ao
paz ao seu coração. Ele tem esse poder! E está disponível a você.
De
Mara os israelitas partiram para Elim, onde havia doze fontes e setenta
palmeiras. De Elim foram para o deserto de Sim, que está entre Elim e o
Sinai. Ali no Sinai eles acamparam e novamente passaram a murmurar
porque agora não possuíam o alimento que comiam no Egito. Tinham
saudades das panelas de carne e do pão.
Foi nesse clima que Deus
fez a profecia que estamos estudando hoje. “Eu farei chover pão do céu, e
amanhã vereis a glória do Senhor”.
Antes de a profecia se
cumprir Deus dá várias orientações. Uma delas é que deveriam colher
diariamente a porção para cada dia. Outra, é que na sexta-feira deveriam
colher o dobro, porque no sábado o maná não cairia. Assim, na manhã
seguinte, uma coisa fina semelhante a geada estava sobre a terra.
“Vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Pois
não sabiam o que era. Disse-lhe Moisés: Este é o pão que o Senhor vos
deu para comer” (Êxodo 16:15).
Novamente, Moisés orienta o povo a
obedecer rigorosamente as ordens de Deus. De domingo à quinta-feira
deveriam colher o suficiente para a família comer naquele dia, ou seja,
um ômer por pessoa. Um ômer é o equivalente a pouco mais de dois litros.
Não deveriam deixar nada para o dia seguinte. Alguns, porém,
desobedeceram e o alimento cheirou mal e criou bichos (Êxodo 16:20).
Cada
dia a cena se repetia. Ao amanhecer lá estava o pão do céu, semelhante a
semente de coentro, e tinha o sabor de bolos de mel (Êxodo 16:31); mas
vindo o calor o pão derretia. Na sexta-feira a ordem era de colher o
dobro, porque no sábado o maná não cairia. “Seis dias o colhereis, mas o
sétimo dia é o sábado, nele não haverá” (Êxodo 16:26).
Boa parte
da multidão seguiu a orientação corretamente. Colheram o alimento em
dobro e, conforme Deus havia garantido, não estragou. Deus preservara o
alimento, diferentemente dos outros dias da semana. Alguns, porém, não
deram atenção e no sábado foram em busca do maná. Não encontraram e
ficaram sem ter o que comer.
O ser humano é assim mesmo. Em todas
as épocas. Sempre parece que quer saber mais do que Deus ou
simplesmente é mais fácil duvidar do que crer. O raciocínio é mais ou
menos assim: “Se todos os dias têm caído o maná, não é no Sábado que não
vai cair; se sempre aconteceu, certamente continuará acontecendo. O
sábado é um dia igual aos outros.”
Amigo ouvinte, o sábado não é
igual aos outros seis dias da semana. Deus o fez diferente. Lá no começo
do mundo, antes de qualquer israelita ou judeu! Foi separado para que o
ser humano deixasse de realizar as atividades comuns e corriqueiras e
dedicasse esse tempo para comunhão com o Criador. Quando você separa o
sábado para as coisas sagradas, para Deus, você O está reconhecendo como
Senhor, Criador e superior a você.
É interessante também
destacar aqui que essa orientação relativa ao sábado foi feita bem antes
da promulgação da lei dos Dez Mandamentos no Monte Sinai. Também convém
lembrar que o sábado – o mesmo sábado lá da criação, no Éden – foi
observado por Jesus, por Maria, mãe de Jesus e também por todos os
apóstolos, mesmo após a ressurreição do Senhor. E continua sendo
respeitado por milhões de pessoas em todo o mundo. E, segundo o profeta
Isaías, continuará sendo feriado na Nova Terra.
Amigo ouvinte, a
profecia do maná se cumpriu plenamente. O povo foi alimentado por
quarenta anos com o pão do céu (Êxodo 16:35). Por isso, não tenha medo
de fazer o que Deus pede. Como os apóstolos e outros heróis da Bíblia,
prefira ficar ao lado de Jesus e da Palavra dEle. Não esqueça: “Creia no
Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você
prosperará”.